AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DE UM AMBULATÓRIO DE PESSÁRIO VAGINAL

Autores

Palavras-chave:

Prolapso de Órgão Pélvico, Tratamento Conservador, Avaliação de Processos e Resultados em Cuidados de Saúde

Resumo

Objetivo: Avaliar a qualidade da estrutura de um ambulatório especializado no tratamento conservador com o pessário vaginal. Metodologia: Trata-se de um estudo avaliativo realizado em 2019 no Ambulatório de Pessário Vaginal do Hospital Geral de Fortaleza. Para a avaliação foi considerado o elemento estrutura da tríade da avaliação da qualidade proposto por Avery Donabedian (1988): infraestrutura, equipamentos, insumos e recursos humanos. As informações foram obtidas por meio de visita ao local. Os instrumentos foram construídos e adaptados de outros estudos avaliativos e de acordo com a literatura analisada. Os dados foram apresentados de forma descritiva. Resultados:  Identificou-se que o serviço possui uma estrutura em conformidade com o recomendado na literatura analisada, exceto quanto a presença de espaço direcionado para a realização de atividades educativas coletivas. Conclusão: Verificou-se que o segundo ambulatório possui conformidades de acordo com as recomendações identificadas na literatura quanto aos elementos de estrutura física, recursos humanos e insumos. Apesar de possuir baixa variabilidade de modelos de pessários disponíveis para inserção, isso parece não impactar os altos índices de adesão e inserção bem-sucedida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Laura Silva Gomes, Universidade Federal do Ceará

Enfermeira graduada pela Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Enfermagem em Promoção da Saúde e, atualmente, Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Integrante do Grupo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Saúde da Mulher e Assoalho Pélvico (GISMAP/UFC). Aluna do Curso de Especialização em Estomaterapia na Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Camila Teixeira Moreira Vasconcelos, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará (2002), Mestrado (2009) e Doutorado em Enfermagem (2012) pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é Professor Adjunto C2 do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Possui experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde da Mulher, atuando principalmente nos seguintes temas: incontinência urinária, manejo conservador do prolapso de órgãos pélvicos, prevenção das disfunções do assoalho pélvico, validação de tecnologias para promoção da saúde da mulher. Líder do Grupo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Saúde da Mulher e Assoalho Pélvico (GISMAP/UFC) certificado pelo CNPq.

José Ananias Vasconcelos Neto, Universidade Federal do Ceará

Médico graduado pela Universidade Estadual do Pará (UEPA). Mestre em Tocoginecologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutor em ciências médico-cirúrgicas pela UFC. É preceptor da Residência de Ginecologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), no qual é coordenador do Serviço de Uroginecologia e Disfunção do Assoalho Pélvico e chefe do Serviço de Gincecologia. Diretor financeiro da Seção de Ensino, Aperfeiçoamento e Pesquisa (SEAP) do HGF. Professor adjunto da disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor de práticas médicas em Ginecologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Maria Cláudia Carneiro Pinto, Hospital Geral de Fortaleza

Enfermeira. Mestre em Gestão em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), especialista em Nefrologia e Estomaterapia. Coordenadora do Serviço de Estomaterapia do Hospital Geral de Fortaleza. Membro do NATS (Núcleo de Tecnologia em Saúde) do HGF. Preceptora do Proensino da Secretaria de Saúde do Ceará. Enfermeira da Central de Transplantes do Ceará desde 2006, Trabalhou como enfermeira assistencial na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Fortaaleza de 1991 a 2007, como Coordenadora de enfermagem da UTI VERDE de 2007 a 2017 no Hospital Geral de Fortaleza e Supervisora de enfermagem no Hospital Antônio Prudente de 1990 a 1993

Natália Maria de Vasconcelos Oliveira, Universidade Federal do Ceará

Acadêmica do terceiro semestre de Medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC). Membro ativo da Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (LCCP) da UFC. Bolsista de Iniciação Científica pelo Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Sobre Saúde da Mulher e Assoalho Pélvico (GISMAP).

Flávio Mendes Alves, Universidade Federal do Ceará

Discente do curso de Medicina da UFC (Universidade Federal do Ceará) Membro do Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Medicina da UFC Bolsista de Iniciação Científica vinculado ao Gismap - Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Sobre Saúde da Mulher e Assoalho Pélvico

Referências

1. Haylen BT et al. An International Urogynecological Association (IUGA) / International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic organ prolapse (POP). Int Urogynecol J. 2016 Feb;27(2):165-94
2. Abrams P. et al. Incontinence: International Consultation on Incontinence Book. 6th ed. Bristol UK: Internacional Continence Society; 2017.
3. Li Z. et al. An epidemiologic study of pelvic organ prolapse in postmenopausal women: a population-based sample in China. Climacteric. Climacteric: IMS J 2019 Feb;22(1):79-84.
4. Wu JM et al. Prevalence and trends of symptomatic pelvic floor disorders in U.S. women. Obstet. Gynecol. 2014 Jan;123(1):141-148.
5. Bidmead J, Cardozo LD. Pelvic floor changes in the older woman. Br J Urol. 1998 Dec;82 Suppl 1:18-25.
6. de Albuquerque Coelho SC, de Castro EB, Juliato CR. Female pelvic organ prolapse using pessaries: systematic review. Int Urogynecol J. 2016 Dec;27(12):1797-1803.
7. Bezerra LR, Vasconcelos Neto JA, Vasconcelos CT et al. Prevalence of unreported bowel symptoms in women with pelvic floor dysfunction and the impact on their quality of life. Int Urogynecol J. 2014 Jul;25(7):927-33.
8. Robert M, et al. Technical update on pessary use. J Obstet Gynaecol Can. 2013 Jul;35(7):664-674.
9. Abdool, Z. et al. Prospective evaluation of outcome of vaginal pessaries versus surgery in women with symptomatic pelvic organ prolapse. Int Urogynecol J. 2011 Mar;22(3):273-8.
10. Abdulaziz M et al. An integrative review and severity classification of complications related to pessary use in the treatment of female pelvic organ prolapse. Can Urol Assoc J. 2015 May-Jun;9(5-6):E400-6.
11. Dueñas JL, Miceli A. Effectiveness of a continuous-use ring-shaped vaginal pessary without support for advanced pelvic organ prolapse in postmenopausal women. Int Urogynecol J. 2018 Nov;29(11):1629-1636.
12. Lone F et al. A 5-year prospective study of vaginal pessary use for pelvic organ prolapse. Int J Gynaecol Obstet. 2011 Jul;114(1):56-9.
13. Vasconcelos CTM et al. Pessary evaluation for genital prolapse treatment: From acceptance to successful fitting. Neurourol Urodyn. 2020 Nov;39(8):2344-2352.
14. Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? JAMA. 1988 Sep 23-30;260(12):1743-8.
15. Campbell SM, Roland MO, Buetow SA. Defining quality of care. Soc Sci Med. 2000 Dec;51(11):1611-25.
16. Bernardo EBR. Avaliação da assistência pré-natal de gestantes com risco habitual. Fortaleza. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará;2016.
17. O'Dell K, Atnip S. Pessary care: follow up and management of complications. Urol Nurs. 2012 May-Jun;32(3):126-36, 145; quiz 137.
18. Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Diário Oficial da União 13 jun 2013; Seção 01.
19. Vasconcelos CTM et al. Disfunções do assoalho pélvico: perfil sóciodemográfico e clínico das usuárias de um ambulatório de uroginecologia. Rev Elet Gest & Saúde 2013;4(1):1484-98.
20. Karbage SA, Santos ZM, Frota MA, de Moura HJ, Vasconcelos CT, Neto JA, Bezerra LR. Quality of life of Brazilian women with urinary incontinence and the impact on their sexual function. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2016 Jun;201:56-60.
21. Vasconcelos Neto JA, Vasconcelos CTM, Regadas SMM, Bezerra LRPS, Lustosa KA, Karbage SAL. Clinical impact of bowel symptoms in women with pelvic floor disorders. Int Urogynecol J. 2017 Sep;28(9):1415-1420.
22. Ferreira HLOC et al. Protocol for pelvic organ prolapse treatment with vaginal pessaries. Acta paul. enferm. 2018 Dec ; 31( 6 ): 585-592. Avaible from:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002018000600585&lng=en.
23. Pott-Grinstein E, Newcomer JR. Gynecologists' patterns of prescribing pessaries. J Reprod Med. 2001 Mar;46(3):205-8.
24. Wolff B, Williams K, Winkler A, Lind L, Shalom D. Pessary types and discontinuation rates in patients with advanced pelvic organ prolapse. Int Urogynecol J. 2017 Jul;28(7):993-997.
25. Anger JT et al. Quality-of-care indicators for pelvic organ prolapse: development of an infrastructure for quality assessment. Int Urogynecol J. 2013 Dec;24(12):2039-47.
26. Alas AN et al. Measuring the quality of care provided to women with pelvic organ prolapse. Am J Obstet Gynecol. 2015 Apr;212(4):471.e1-9.
27. Brown LK et al. Defining Patient Knowledge and Perceptions of Vaginal Pessaries for Prolapse and Incontinence. Female Pelvic Med Reconstr Surg. 2016 Mar-Apr;22(2):93-7.
28. Bugge C, Hagen S, Thakar R. Vaginal pessaries for pelvic organ prolapse and urinary incontinence: a multiprofessional survey of practice. Int Urogynecol J. 2013 Jun;24(6):1017-24.
29. Tso C, et al. Nonsurgical Treatment Options for Women With Pelvic Organ Prolapse. Nurs Womens Health. 2018 Jun;22(3):228-239.
30. Silva MZO, Mota GF. Atuação da equipe de enfermagem na prevenção de doenças crônicas. Cadernos ESP-Revista Científica da Escola de Saúde Pública do Ceará. 2011; 5(2):55-67.

Downloads

Publicado

27-07-2021

Como Citar

1.
Gomes MLS, Vasconcelos CTM, Vasconcelos Neto JA, Pinto MCC, Oliveira NM de V, Alves FM. AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DE UM AMBULATÓRIO DE PESSÁRIO VAGINAL. Cadernos ESP [Internet]. 27º de julho de 2021 [citado 24º de novembro de 2024];15(1):49-57. Disponível em: https://cadernos.esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/531

Edição

Seção

Relato de Experiência, Atualização e/ou Inovação Tecnológica

Categorias

Received 2021-04-20
Accepted 2021-05-31
Published 2021-07-27