EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO CEARÁ ENTRE 2011 E 2018

Autores

  • Júlia da Silva Paz Centro Universitário Christus
  • Amanda Queiroz Carneiro Pinheiro Centro Universitário Christus
  • Roberta Lopes Ribeiro Centro Universitário Christus
  • Juliana Lucena Martins Ferreira Centro Universitário Christus
  • Leidiane Pinho da Silva Centro Universitário Christus

Palavras-chave:

Leishmaniose Visceral, Serviços de Saúde, Epidemiologia, Doenças Endêmicas

Resumo

Objetivo: Avaliar as características epidemiológicas do calazar no estado do Ceará entre os anos de 2011 e 2018. Métodos: Estudo retrospectivo e quantitativo, que teve como fonte de dados fichas de notificação do Sistema Nacional de Agravos de Notificação dos pacientes com calazar registrados no Ceará. Resultados: Durante o período estudado, foram notificados 7.894 casos de calazar no Ceará. Fortaleza e Sobral foram os municípios com maior número de casos, sendo o sexo masculino o mais acometido. Ademais, 46,63% dos casos utilizaram como diagnóstico os exames laboratoriais. Em relação à idade, os adultos corresponderam a 46,5% dos casos, e as crianças a 31,39%. Sobre as condições socioeducacionais dos pacientes, a maioria tinha o ensino fundamental incompleto e exercia ocupações como estudante e dona de casa. Na evolução dos pacientes, a taxa de cura foi de 71,2% e a taxa de óbito em decorrência do calazar foi de 3,6%, os outros 7,7% correspondem à transferência e óbitos por outras causas. Dentre os pacientes com LV, 9,79% apresentaram coinfecção por HIV. Conclusões: De acordo com os nossos resultados, o calazar é uma doença ainda muito prevalente no estado do Ceará, tendo Fortaleza com o maior número de notificações. Porém, ainda existe uma grande subnotificação dos casos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Gontijo, C.M.F, Melo, M.N. Leishmaniose visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas: Visceral Leishmaniasis in Brazil: current status, challenges and prospects. Revista Brasileira de Epidemiologia, Minas Gerais, v. 7, n. 3, p. 338-349, 20 set. 2004. https://doi.org/10.1590/S1415-790X2004000300011.
2. Souza, Marcos Antônio, Nunes, R.F.F, Viana, T.C; Marinho, M.J.M, Moreira, P.V.S.Q, Pereira, W.O. Leishmaniose visceral humana: do diagnóstico ao tratamento. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança V. 10, n. 2, p.61-69, 2012.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Brasília, 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf>.
4. Pastorino, Antonio C.; Jacob, Cristina M.A.; Oselka, Gabriel W. Carneiro-Sampaio, Magda M.S. Leishmaniose visceral: aspectos clínicos e laboratoriais. Jornal de Pediatria. 2002, vol. 78, n.2, pp.120-127. ISSN 0021-7557. https://doi.org/10.1590/S0021-75572002000200010.
5. Silva, F.G., Tavares, J. N. Avaliação dos prontuários médicos de hospitais de ensino do Brasil. Revista brasileira educação médica, Salvador, v. 31, n. 2, p. 113-126, 2007. https://doi.org/10.1590/S0100-55022007000200002.
6. Pelissari, D.M, Cechinel, M.P., Sousa-Gomes, M.L, Júnior, F.E.F.L. Tratamento da Leishmaniose Visceral e Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil. Epidemiologia Serviço em Saúde, Brasília, v. 20, n. 1, p. 107-110, mar. 2011. https://doi.org/10.1590/S0100-55022007000200002.
7. Santos, G. M., Barreto, M. T. S., Monteiro, M. J. de S. D., Aspectos epidemiológicos e clínicos da leishmaniose visceral no estado do Piauí, Brasil. C&D-Revista Eletrônica da FAINOR, Vitória da Conquista, v.10, n.2, p.142-153, jun./ago. 2017.
8. Torres, D. F., Situação atual da epidemiologia da leishmaniose visceral em Pernambuco. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.40, n.3, jun. 2006. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000300024.
9. Rodrigues, Ana C. M., Melo, Ana C. F. L., Júnior, A. D.S; Franco, S.O; Rondon, F.C.M; Bevilaqua, C.M.L. Epidemiologia da leishmaniose visceral no município de Fortaleza, Ceará. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de janeiro, v.37, n.10, p. 1119-1124, 2017. https://doi.org/10.1590/s0100-736x2017001000013.
10. Monteiro, E. M., Silva, J. C. F., Costa, R. T., Costa, D.C, Barata, R.A., Paula, E.V, et.al. Leishmaniose visceral: estudo de flebotomíneos e infecção canina em Montes Claros, Minas Gerais. Revista Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Belo Horizonte, v. 38, n. 2, p. 147-152, 2005. https://doi.org/10.1590/S0037-86822005000200004.
11. Zanella, M. E., Moura, M. O. O clima das cidades do nordeste brasileiro: contribuições no planejamento e gestão urbana. Revista da ANPEGE, João Pessoa, v. 9, n. 11, p. 75-89, jan./jun. 2013. https://doi.org/10.5418/RA2013.0911.0007.
12. BRASIL. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Boletim epidemiológico Leishmaniose Visceral. Ceará, 2018, p. 1-10.
13. Aguiar, P.F, Rodrigues, R.K., Leishmaniose visceral no Brasil: artigo de revisão. Revista Unimonte Científica. Montes Claros, v.19, n.1, p. 191- 204, jan./jun. 2017.
14. Oliveira, J.M., Fernandes, A.C, Dorval, M.E.C, Alves, T.P, Fernandes, T.D, Oshiro, E.T, et al. Mortalidade por leishmaniose visceral: aspectos clínicos e laboratoriais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Campo Grande, v. 43, n. 2, p. 188-193, 2010. https://doi.org/10.1590/S0037-86822010000200016.
15. Goes, M. A. O, Melo, C. M.; Jeraldo, V.L.S. Série temporal da leishmaniose visceral em Aracaju, estado de Sergipe, Brasil (1999 a 2008): aspectos humanos e caninos. Revista Brasileira de Epidemiologia v. 15, n. 2, p. 298-307, 2012. https://doi.org/10.1590/S1415-790X2012000200007.
16. Maia-Elkhoury, A.N.S, Alves, W.A, Sousa-Gomes, M.L, Sena, J.M, Luna, E.A, Visceral Leishmaniasis in Brazil: trends and challenges. Caderno de Saúde Pública, Brasil, v. 24, n.12, p.2941-2947, 2008. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008001200024.
17. Santana, J.S, Silva A.R, Cavalcante, M.N.S, Silva, B.T.F, Machado, S.P, Gonçalves, E.G.R, Condições socioeconômicas, estado nutricional e consumo alimentar de crianças com Leishmaniose visceral atendidas em serviço público de saúde da cidade de São Luís, Maranhão. Caderno Brasileiro de Pesquisa. v. 16, n. 2, p. 55-62, 2009.
18. Scandar, S.A.S, Silva, R.A, Cardoso-Junior, R.P, Oliveira, F.H, Ocorrência de leishmaniose visceral americana na região de São José do Rio Preto, estado de São Paulo, Brasil. Boletim Epidemiológico Paulista, São José do Rio Preto, v. 8, n. 88 p.13-22, 2011.
19. BRASIL. Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS. Ceará, p.1-8, 2018.
20. Queiroz, Márcia J. A., Alves, joão G.B., Correia, Jailson B. Leishmaniose visceral: características clínico-epidemiológicas em crianças de área endêmica. Jornal de Pediatria, Rio de janeiro, v.80, n.2, p.73-78, 2005. https://doi.org/10.1590/S0021-75572004000200012.
21. Cavalcante, I.J.M.; Vale, M. R.; Aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral (calazar) no Ceará no período de 2007 a 2011. Revista Brasileira de Epidemiologia, Fortaleza, v. 4, n. 17, p. 911-924, out-dez 2014. https://doi.org/10.1590/1809-4503201400040010.
22. Farias, F.T.G; Junior, F.E.F; Alves, A.S.C; Pereira, L.E; Carvalho, D.N; Souza, M.N.A. Perfil Epidemiológico de Pacientes Diagnosticados com Leishmaniose Visceral no Brasil. Revista Ciência e Desenvolvimento. Vitória da Conquista, v.12, n.3, p.485-501, set./dez. 2019. Doi: 10.11602/1984-4271.2019.12.3.1.
23. Rey, L. C, Martins, C.V, Ribeiro, H.B, Lima, A.A.M, Leishmaniose visceral americana (Calazar) em crianças hospitalizadas de área endêmica. Jornal de Pediatria, São Paulo, v. 81, n. 1, p.73-78, 2005. https://doi.org/10.2223/JPED.1286.

Downloads

Publicado

19-04-2021

Como Citar

1.
Paz J da S, Carneiro Pinheiro AQ, Lopes Ribeiro R, Lucena Martins Ferreira J, Pinho da Silva L. EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO CEARÁ ENTRE 2011 E 2018. Cadernos ESP [Internet]. 19º de abril de 2021 [citado 22º de novembro de 2024];15(1):23-32. Disponível em: https://cadernos.esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/450
Received 2020-08-27
Accepted 2021-04-19
Published 2021-04-19