UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE O MODELO GOBI PARA CONTROLE DA MORTALIDADE INFANTIL

Autores

  • José Roberto Pereira de Sousa Médico. Mestre em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará. Pesquisador do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.

Palavras-chave:

Mortalidade Infantil, Criança, Assistência à Saúde

Resumo

Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é um clássico indicador de saúde que tradicionalmente é utilizado para avaliar as mudanças sociais e econômicas, revelando as iniqüidades em saúde. Em 1982 desponta um modelo de intervenção lançado pela UNICEF, denominado GOBI, de baixo custo, de tecnologia simples e acessível, dita apropriada e prioritária para ser implantada imediatamente nos países pobres. Esse modelo se baseava em quatro ações seletivas: acompanhamento do crescimento (Growth), reidratação oral (Oral rehydration), aleitamento materno (Breastfeeding), imunização (Immunization). Nesse trabalho procuramos fazer uma reflexão sobre os limites dessa intervenção que, mesmo com grande repercussão na diminuição da mortalidade infantil, por não propor ações que favoreciam a melhoria social, podem perpetuar um outro tipo de desigualdade: a dos sobreviventes. Desse modo alertamos para a perda da grande sensibilidade da taxa de mortalidade infantil como descritor de mudanças sociais e econômicas, quando seu declínio for conseqüência de intervenções biomédicas seletivas.

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Publicado

16-09-2019

Como Citar

1.
Pereira de Sousa JR. UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE O MODELO GOBI PARA CONTROLE DA MORTALIDADE INFANTIL. Cadernos ESP [Internet]. 16º de setembro de 2019 [citado 4º de novembro de 2024];2(2):15-20. Disponível em: https://cadernos.esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/20