COMPETÊNCIAS FAMILIARES PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E DESENVOLVIMENTO INFANTIL

UM ESTUDO DE 2.600 FAMÍLIAS NO ESTADO DO CEARÁ

Autores

  • Luciano Lima Correia Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ceará – Brasil
  • Dirlene M. Ildefonso da Silveira Secretaria de Saúde. Fortaleza, Ceará - Brasil.
  • Jocileide Sales Campos Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará - Brasil.
  • Anamaria Cavalcante e Silva Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará - Brasil.
  • Francisca Ma. Oliveira Andrade Fundo das Nações Unidas para a Infância. Fortaleza, Ceará - Brasil.
  • Bernardo Lessa Horta Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul - Brasil.

Palavras-chave:

Competências familiáres, Desenvolvimento infantil, Promoção da saúde infantil

Resumo

O fortalecimento das competências familiares para a promoção da saúde e do desenvolvimento infantil é uma das principais estratégias da OMS e UNICEF para melhorar a construção do ser na infância, ainda crítico nas regiões mais pobres. O estudo transversal analisou as principais características socioeco-nômicas da família, características biológicas e de morbidade da criança e conhecimentos, atitudes e práticas das mães relacionadas aos cuidados infantis, em 22 municípios do Estado do Ceará. Em cada município 120 famílias com crianças menores de 6 anos de idade, selecionadas aleatoriamente, foram visitadas, sendo entrevistadas um total de 2.612 mães. Cerca de 30% das famílias não dispunham de água encanada e saneamento básico. O índice de analfabetismo das mães foi de 13%, enquanto o dos pais alcançou 19%. Observou-se associação positiva entre a escolaridade materna e o acompanhamento da gestação e do parto por parte do pai. Mães mais escolarizadas também fumaram menos na gestação, amamentaram mais e realizaram mais consultas pósparto. As crianças se apresentaram amamentadas e imunizadas em elevadas proporções. Quando doentes, 70% receberam mais líquidos e 53% menos comida. ?Febre? se constituiu no principal sinal de risco para a saúde infantil, para a maioria das mães. Quanto ao estímulo ao desenvolvimento infantil, observou-se nos domicílios um ambiente pobre em termos de disponibilidade de objetos lúdicos, mas rico em relação à interação criança-adultos. Entre as famílias com maior escolaridade materna, a avó foi quem mais assumiu alternativamente os cuidados da criança, enquanto que nas famílias com menos escolaridade crianças mais velhas foram as principais cuidadoras eventuais. O estudo mediu o nível de competência familiar em promover a saúde e o desenvolvimento da criança, identificando diversos problemas nos cuidados infantis passiveis de intervenção, bem como aspectos positivos a serem estimulados.

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Publicado

27-08-2019

Como Citar

1.
Lima Correia L, M. Ildefonso da Silveira D, Sales Campos J, Cavalcante e Silva A, Oliveira Andrade FM, Lessa Horta B. COMPETÊNCIAS FAMILIARES PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E DESENVOLVIMENTO INFANTIL: UM ESTUDO DE 2.600 FAMÍLIAS NO ESTADO DO CEARÁ. Cadernos ESP [Internet]. 27º de agosto de 2019 [citado 3º de dezembro de 2024];1(1):60-72. Disponível em: https://cadernos.esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/4